segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

SHANTIDEVA: CAPÍTULO I



SHANTIDEVA: CAPÍTULO I
O Benefício da Mente de Iluminação
(Trad. do inglês por Stephen Batchelor e para o português por R. Samuel)
O livro inteiro está em:
http://caminhodeshantideva.blogspot.com.br/2008/12/introduo.html



la. Com respeito eu me prosterno aos Sugatas
Que estão dotados com o Dharmakaya
E me prosterno aos seus tão Nobres Filhos!
E a todos dignos de veneração.
lb. Vou explicar como se tomam os votos
Dos Filhos dos Buddhas. Estes são votos,
Dos quais o seu sentido condensei,
Que estão de acordo com as escrituras.

2.Nada há aqui que não se tenha explanado
Antes. E como não sou mestre de poética.
E em falta da intenção de ajudar aos outros
Escrevo pro meu próprio conhecer.

3. Com este conhecimento benfazejo
A força de minha fé pode crescer.
Mas se por outros lidos estes versos
Iguais a mim deles terão o sentido.

4. Dom e lazer são mui raros encontrados
E dados ao que é significativo.
Não os utilizar agora, quando
Outra ocasião perfeita me haverá?

5. Como um clarão de luz na noite escura
Tudo ilumina por alguns instantes
Assim no mundo o poder de um Buddha
Raro, breve, brilha um pensamento bom.

6. Enquanto da virtude é muito fraca
Do mal a grande força é intensa e extrema.
Mais que a Inteira, Desperta Mente, que outra
Que outra virtude o pode resistir?

7. Muitos eons os Buddhas meditaram
E viram o que era o benefício
Com esta que incontável massa de seres
Logo tem o supremo estagio e bênção.

8. Aqueles que desejem eliminar
Os muitos sofrimentos de existências
Aqueles que desejem experimentar
Alegria e felicidade eternas
Nunca abandonam o desejo do Despertar.

9. Quando nasce esta Mente que Desperta
No fraco e algemado prisioneiro
Nas existências cíclicas algemado,
”Um filho dos Sugatas" passa a ser
Reverenciado por deuses e homens.

10. É como o supremo elixir de ouro
Quando transforma nosso corpo sujo
Na forma do Buddha, jóia sem preço.
Logo, mantenha a Mente que deseja Despertar.

11. Desde o Guia deste Mundo
Investigou a inteira a Preciosa
Lei, os que queiram libertar-se desta
Morada mundana logo mantêm
Com firmeza esta Mente que Desperta.

12. As outras virtudes são plantações
Correm perigo de não darem frutos.
Mas da Mente Desperta a perene arvore
Flores e frutos colhem-se incessante.

13. Qual confiando o corpo a um bravo herói
Assim confio serei liberado
Por esta Mente que deseja Despertar, e rápido,
Mesmo que os males inomináveis extremos
Tenha cometido. Como então não devotarem-se também vocês?

14. Qual o fogo no fim do mundo
Num instante consumindo um grande mal,
A incomparável vantagem foi explicada
Ao discípulo Sudhana pelo sábio Senhor Maitreya.

15. Assim, a Mente que Desperta
É compreendida sendo de dois tipos:
A mente que aspira o despertar
E a mente que já fez isto, venturosa.

16. Assim é compreendida a distinção
Entre a aspiração e o fazer.
Assim o sábio compreende pois
A distinção entre elas, duas.

17. Ainda que ocorram grandes frutos
Na cíclica existência, para esta mente
Que aspira o Despertar,
Um ininterrupto rio de mérito não ocorre
Como com a Outra, a Mente Desperta.

18. E para quem mantém com a perfeita
Com a intenção de nunca retornar
Se encontrará completo e liberado
Das formas de vida, infinitas.

19. Desde aquele tempo até então
E mesmo quando dormindo ou inconsciente,
A força do seu mérito é igual ao céu
E perpetuamente se produzirá.

20. Para aquele, ao menor veículo devotado,
Isto logicamente foi proferido
Pelo próprio Tathagata,
No Sutra que Subahu pediu.

21. Se mesmo o pensamento de alívio
Da dor de cabeça de uma única pessoa
É intenção benéfica
De infinita benevolência,

22. Imagine então o desejo de libertar
De suas inconcebíveis misérias
Todos, mesmo os seres pequeninos,
Para que realizem, ilimitadas, suas boas qualidades?

23. Da mesma forma pais e mães
Terão com elas as mesmas benevolentes intenções?
Ou deuses e sábios?
Ou mesmo Brahma o terá?

24. Se aqueles seres nunca nem antes sonharam
Nem de tal libertação sabiam
Para si, como poderia isto nascer
E em relação a salvação dos outros?

25. Esta intenção de beneficiar os seres
Que nos outros não nasce mesmo até
Para sua própria salvação
É a extraordinária jóia da mente
E sem precedente desta vontade é o nascimento.

26. Como posso eu penetrar os abismos
Das belezas desta jóia da mente,
Esta meditação que cura a dor do mundo
E é fonte de toda a máxima alegria?

27. Se uma única intenção benévola
É maior do que a veneração aos Budhas,
Imagine externar de fazer o desejo de fazer
A todos os seres, sem distinção, felizes?

28. Através do desejo de liberarem-se da miséria
Correm eles em direção a sua desgraça.
Em vez de suas felicidades produzirem
Como inimigos, inconscientes
Correm para sua própria perdição.

29. Para os que estão privados da felicidade
E estrangulados por muitos sofrimentos
Isto satisfaz a todas as suas alegrias
E isto alivia todo o seu sofrer.

30. Acalmando toda a confusão .
Onde outra virtude igual terá?
Onde outro amigo igual a este?
Onde outro mérito como tal?

31. Se alguém algum bem feito recompensa
De louvor é digno de ser.
Imagine ao Bodhisattua
Que faz o bem sem saber a quem?

32. O mundo o venera como virtuoso
Aquele que algumas vezes oferece
Um pouco de comida a poucos seres
Que satisfaz apenas meio dia.

33. Imagine o que se pode dizer daquele
Que eternamente a bênção sem igual dos Sugatas oferece
E para um ilimitável número de seres
Desta forma atendendo a todas as suas esperanças?

34. Disse o Buddha que quem emitir um único mau pensamento
Contra um Benfeitor como um Bodhisattua,
No inferno ficara tantos eons
Quanto houver em pensamentos maus.

35. Mas se uma atitude virtuosa nasce
Seu frutos multiplicam-se muito mais que isto
E quando sofrem os Bodhisattuas nunca
Geram negatividades, mas ao contrário
Suas virtudes naturalmente se avolumam.

30. Eu me prosterno diante do corpo daquele
Em que nasceu a Preciosa e Sagrada Mente.
Nesta fonte de alegria busco refúgio
Que felicidade traz mesmo para os que lhe são adversos.

(Trad. do inglês por Stephen Batchelor e para o português por R. Samuel)

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ATISHA - A Luz para o Caminho da Iluminação





A Luz para o Caminho da Iluminação

por Atisha Dipamkarashrijnana (982-1054)


[Tradução de R. Samuel]


Homenagem ao Bodhisattva Manjushri, o jovem.
 


1 Presto homenagem com grande respeito


Para todos os vitoriosos dos três tempos ,


Para o ensino e para aqueles que aspiram à virtude.


Instado pelo bom discípulo Yangchup Wo,


Vou acender a lâmpada


Para o caminho para a iluminação.




2 Entenda que existem três tipos de pessoas


Por causa de suas capacidades pequena, mediana e suprema.


Vou escrever de forma clara a distinção


Suas características individuais.




3 Saibam que aqueles que, por quaisquer meio,


Procuram os prazeres desta vida,

São pessoas de menor capacidade.


4 Aqueles que buscam a paz para si mesmo,

Virando as costas para os prazeres mundanos

E evitando ações destrutivas,

Estão a ser dito de capacidade mediana.


5 Aqueles que, através do seu sofrimento pessoal,

Verdadeiramente querem acabar completamente

Com todo o sofrimento dos outros

São pessoas de capacidade suprema.


6 Para os excelentes seres vivos,

Que desejam a suprema iluminação,

Vou explicar os métodos perfeitos

Ensinados pelos mestres espirituais.


7 Diante das pinturas, estátuas etc

Do completamente iluminado,

Relicários e o excelente ensino,

Ofereça flores, incenso - o que você tiver.


8 Com a oferenda de sete pontos

Da “Oração da Nobre Conduta”,

E com o pensamento de nunca desistir

Até alcançar a iluminação suprema;


9 Com forte fé nas Três Jóias,

Ajoelhado com um joelho no chão

E suas mãos pressionadas juntas,

Primeiro que tudo tomem refugio três vezes.


10 Em seguida, comece com uma atitude

De amor por todas as criaturas vivas,

Considere que os seres, não excluindo nenhum,

Sofrem nos três renascimentos ruins -

Padecendo o nascimento, a velhice, a morte etc.


11 Então, já que você quer libertar esses seres

Desse sofrimento da dor,

Do sofrimento e das causas do sofrimento,

Desperte a determinação imutável

De alcançar a iluminação.




12 As qualidades do desenvolvimento


 são totalmente explicadas


por Maitreya no “Sutra dos pontos essenciais”.


13 Tendo aprendido sobre os benefícios infinitos


Da intenção de alcançar a iluminação completa


Ao ler este sutra ou ouvindo um professor,


Desperte-o repetidamente para torná-lo firme.




14 A


O Sutra Solicitado por Viradatta


Totalmente explica o seu mérito.


Neste ponto, em resumo,


Citarei apenas três versos.




15 Se possuísse forma física


O mérito da intenção altruísta


Daria para preencher completamente todo o espaço


E superar até mesmo isso.




16 Se alguém cobrisse de jóias


Tantos campos de Buda quantos grãos


De areia do Ganges,

Para oferecer ao Protetor do Mundo,


17 Isto seria superada pelo juntar as mãos

E inclinar a mente para a iluminação,

Pois é é ilimitada.


18 Tendo desenvolvido a aspiração à iluminação,

Constantemente melhore-a através de um esforço concentrado.

Lembrando que nesta e também em outras vidas,

Deve manter os preceitos corretamente como explicado.



19 Sem envolver o voto da intenção,

A aspiração perfeita não vai crescer.

Faça um esforço para tomá-lo definitivamente,

Uma vez que você deseja que cresça o desejo

De iluminação.


20 Aqueles que mantém qualquer um dos sete

Tipos de voto de libertação individual,

Tem o ideal [pré-requisito] para

O voto de Bodhisattva, os outros não.


21 O Tathagata falou dos sete tipos

De voto de libertação individual.

O melhor deles é a conduta pura gloriosa,

Diz-se que é o voto de uma pessoa totalmente ordenado.


22 De acordo com o ritual descrito no

O capítulo sobre a disciplina nas

“Etapas do Bodhisattva”,

Receba o voto de um bom

E bem qualificado professor espiritual.


23 Compreenda que um bom professor espiritual

É um perito na cerimônia de juramento,

Que vive pelo voto e tem

A confiança e compaixão para concedê-lo.


24 No entanto, no caso de você querer, mas não puder encontrar um bom professor espiritual,

Vou explicar outro procedimento correto para tomar o voto.


25 Vou escrever aqui de forma muito clara,

Tal como explicado no “Sutra do ornamento

Da terra de Buddha” por Manjushri,

Quando, há muito tempo, quando Manjushri

Era Ambaraja, e despertou

A intenção de tornar-se iluminado.


26 "Na presença de todos os protetores,

Eu gero a intenção de alcançar a iluminação completa.

E convido todos os seres como meus convidados

E me comprometo a libertá-los da existência cíclica.


27 "A partir deste momento em diante

Até eu atingir a iluminação,

Não abrigarei pensamentos nocivos,

Como a raiva, a avareza ou a inveja.


28 "Vou cultivar a conduta pura,

Abandonarei as ações errôneas e o desejo

E com alegria no voto da disciplina

Treinar-me-ei em seguir os Budas.

29 Não preciso estar ansioso por alcançar

A iluminação o mais rapidamente possível,

Mas devo ficar até o fim dos tempos

Pelo bem de um único ser.


30 "Vou purificar ilimitadas e inconcebíveis terras,

E permanecerei nas dez direções

Para todos aqueles que chamarem o meu nome.


31 "Vou purificar todas as minhas formas de atividade física e verbal.

Também minhas atividades mentais eu vou purificar,

E não fazer nada que não seja virtuoso."



 

32 Quando aqueles que observam o voto


Da intenção ativa se adestraram bem


Nas três formas de disciplina, o seu respeito


Para essas três formas de disciplina cresce,


Isto origina a pureza do corpo, fala e mente.




33 Portanto, pelo esforço no voto feito por


Bodhisattvas para atingir a pura, plena iluminação,


Se conseguirá sem reserva as acumulações para a iluminação completa.




34 Todos os Budas dizem que a causa para a conclusão das acumulações,


cuja natureza é mérito e sabedoria sublime,


É o desenvolvimento da percepção superior.




35 Assim como um pássaro que não desenvolveu


Suas asas não pode voar no céu,


Aqueles que não têm o poder de percepção superior


Não podem trabalhar para o bem dos seres vivos.

36 O mérito obtido em um só dia

Por quem possui a percepção superior

Não pode ser obtida até mesmo em cem vidas

Por quem não a possui.


37 Aqueles que querem rapidamente completar

As acumulações para a plena iluminação,

Desenvolverão a percepção superior

Com esforço e sem desânimo.


38 Sem a realização de calma mental

A percepção superior não irá ocorrer.

Portanto, faça um esforço repetido

Para realizar a quietude mental.


39 Enquanto as condições da calma mental

São incompletas, a estabilização meditativa

Não vai ser realizada, mesmo que se medite

Tenazmente por milhares de anos.


40 Assim, a manutenção das condições Mencionadas no capítulo sobre a “Coleção para

A estabilização meditativa”

Coloca a mente em qualquer objeto de concentração virtuoso.

41 Quando o praticante alcançou a calma mental,

Ganhará também a percepção superior,

Mas, sem a prática da perfeição da sabedoria,

Não porá fim às obstruções.



42 Assim, para eliminar todas as obstruções

Para liberação e onisciência,

O praticante deve cultivar continuamente

A perfeição da sabedoria com meios hábeis.


43 A sabedoria sem os meios hábeis

E os meios hábeis sem sabedoria

Se descrevem como escravidão.

Portanto, não desista deles.


44 Para eliminar dúvidas sobre

O que é a sabedoria e o que são meios hábeis,

Vou deixar claro a diferença

Entre os dois.


45 Além da perfeição da sabedoria,

Todas as práticas virtuosas, como

A perfeição de doar, são descritas

Como meios hábeis dos vitoriosos.


46 Aquele que, sob a influência da familiaridade

Com meios hábeis, cultiva a sabedoria,

Vai rapidamente atingir a iluminação-

Não apenas meditando sobre altruísmo.


47 A sabedoria se descreve como

A compreensão do vazio da existência inerente,

Mediante o entendimento de que os agregados, os componentes e as fontes não são produzidas.


48 Algo existente não pode ser produzido,

Nem uma coisa inexistente, como uma flor do espaço.

Estes erros são absurdos e, portanto,

não ocorrerão nenhum dos dois.


49 Uma coisa não é produzida a partir de si mesma,

Nem a partir de outra, também nem por ambos,

Igualmente não se produz sem causa.

Portanto não existe inerentemente por si própria.


50 Além disso, quando todos os fenômenos são examinados

Quanto a saber se são um ou muitos,

Eles não são vistos a existir

Por meio da sua própria entidade,

E, portanto, são apurados

Como não inerentemente existente.


51 O raciocínio das “Setenta Estâncias sobre a vacuidade”,

“O Tratado sobre o Caminho do Meio”

e outros,

Explicam que a natureza de todas as coisas

Se estabelece como vacuidade.


52  Há um grande número de passagens,
Que eu não citei aqui,
Mas expliquei apenas as suas conclusões
Para a finalidade da meditação.

53 Assim, tudo o que seja a meditação
Da ausência de existência inerente,
Por observar que os fenômenos não têm existência inerente,
É o cultivo da sabedoria.

[Exemplo do tradutor: Que é um carro? Não é o motor, nem as portas, nem os assentos, nem as rodas etc. Chamamos de "carro" a um conjunto agregado, sem "existência inerente"]




54 Assim como a sabedoria não vê

Uma natureza inerente nos fenômenos,
Depois de analisar a própria sabedoria mediante o raciocínio,
Medite nela de um modo não conceitual.
55 A natureza desta existência mundana,
Que surgiu da conceituação,
É conceituação. Assim, pois, a eliminação da
Conceituação é o mais elevado estado de nirvana.
56 A grande ignorância da conceituação
Faz-nos cair no oceano da existência cíclica.
Descansando na estabilização não-conceitual,
Se manifeste claramente na não conceituação
Que é como o espaço.
57 Quando os bodissátuas contemplam de um modo não conceitual
Este ensinamento excelente, transcenderão
A conceituação, tão difícil de eliminar,
E alcançarão finalmente o estado não-conceitual.


.

58 Tendo verificado através das escrituras


E através do raciocínio de que os fenômenos


Não são produzidos nem inerentemente existentes,


Medite sem conceitualidade.






59 Tendo, pois, meditado sobre a vacuidade,


Eventualmente, depois de atingir o "calor" etc,


O "muito alegre" e os outros [estados]

São atingidos e, em pouco tempo ,

O estado iluminado de Buda.



60 Se você deseja acumular com facilidade

As coleções para a iluminação

Através das atividades de pacificação,

De aumento e demais adquiridas pelo poder do mantra,


61 E também através da força das oito

E outras grandes conquistas como o "bom recipiente" -

Se você quer praticar o mantra secreto,

Como explicado nos tantras da ação e do desempenho,

62 Então, para receber a iniciação do preceptor,

Você deve agradar a um excelente professor espiritual

Através de serviços, presentes valiosos etc

Bem como através da obediência.


63 Ao receber a iniciação completa do preceptor

Que te outorga um mestre compassivo

Te purifica de toda ação errônea

E te converte em um recipiente adequado

Para as realizações poderosas.


64 Porque o Grande Tantra do Buda Primordial

Proíbe enfaticamente,

Aquele de conduta pura não deve

Receber a iniciação secreta

Senão mantiver esta conduta pura.


65 Se aqueles que observam a prática austera de conduta pura

para manter essas iniciações,

Seu voto de austeridade seria prejudicado

Através de fazer o que é proibido.


66 Isto cria transgressões que são uma derrota

Para aqueles que observam a disciplina.

Uma vez que eles estão determinados a cair para um mau renascimento,

Eles nunca vão obter as realizações.


67 Não há erro se alguém que recebeu

A iniciação do preceptor e tem conhecimento

Da vacuidade, se ouve ou explica os tantras

E executa rituais de queimar oferendas,

Ou faz oferendas de presentes etc.



68 Eu, o ancião Dipamkarashri, por havê-lo visto

E explicado em sutra e em outros ensinamentos,

Proferi esta explanação concisa

A pedido de Yangchup Wo.


Isto conclui a Luz para o Caminho da Iluminação

pelo grande mestre Dipamkarashrijnana.

Foi traduzido, revisto e finalizado pelo próprio eminente abade indiano e pelo grande abade revisor, tradutor e completamente ordenado monge Geway Lodrö. Este ensinamento foi escrito no Templo de Tholing em Zhang Zhung.






[Esta tradução comparada foi  realizada por Rogel Samuel e extraída de:

Atisha: Uma luz para o Caminho da Iluminação

(Nova York: Snow Lion Publications, 1997)

e Atisha: Una luz em el caminho (Alicante, Ediciones Dharma, 1999).]